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Hamas responsabiliza os Estados Unidos por ataques de Israel em Gaza

O artigo aborda a acusação do Hamas de que os Estados Unidos são totalmente responsáveis pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza. A organização argumenta que o apoio financeiro e militar dos EUA a Israel alimenta o conflito. Enquanto isso, Washington mantém sua posição de defesa do direito de Israel à segurança, mas enfrenta críticas globais pela falta de esforços diplomáticos para uma solução pacífica.

luciano rodrigues

3/18/20253 min read

Destruição após ataques de Israel na Faixa de Gaza

O grupo Hamas declarou que os Estados Unidos possuem "total responsabilidade" pelos ataques realizados por Israel na Faixa de Gaza. Segundo a organização, o apoio político, financeiro e militar fornecido pelos norte-americanos a Israel tem contribuído diretamente para a escalada do conflito na região.

A declaração foi feita após intensos bombardeios em Gaza, que resultaram em (17) para terça (18) deixaram mais de 400 palestinos mortos e outros mais de 650 feridos. Inúmeras vítimas e destruição de infraestrutura. O Hamas acusa Washington de conivência com as ações israelenses, alegando que a aliança entre os dois países permite que Israel conduza operações militares sem restrições...

"Com seu apoio incondicional, tanto político quanto militar, a Israel, Washington é totalmente responsável pelos ataques que resultam na morte de mulheres e crianças em Gaza. A comunidade internacional é instada a agir imediatamente para responsabilizar Israel e seus aliados por essas violações dos direitos humanos", afirma o comunicado, de acordo com o The Guardian.

Pouco depois da repercussão dos ataques, a porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, declarou em entrevista à Fox News que a Casa Branca foi informada sobre a decisão de Israel.

O governo Trump e a Casa Branca foram consultados por Israel sobre os ataques em Gaza nesta noite. Segundo o presidente Trump, o Hamas, os Houthis e o Irã — assim como qualquer grupo que ameace tanto Israel quanto os Estados Unidos — enfrentarão consequências. "O caos será instaurado", afirmou.

Bombardeios em Gaza

Fortes explosões foram registradas em diversas áreas da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, no centro do território, além de Rafah e Khan Younis, no sul. A Defesa Civil local informou que ao menos 35 ataques aéreos foram contabilizados.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, os bombardeios foram autorizados após o Hamas se recusar a libertar reféns e rejeitar todas as propostas apresentadas.

Israel também justificou os ataques alegando a possibilidade iminente de investidas de grupos armados em Gaza contra soldados e comunidades israelenses, com a intenção de matar e sequestrar.

Hamas defende continuidade das negociações

Segundo a agência de notícias Reuters, o Hamas mantém sua posição em favor da prorrogação do cessar-fogo na Faixa de Gaza, mesmo após ataques que resultaram em mais de 400 mortes. Os negociadores do grupo insistem em alcançar um acordo que leve ao fim do conflito e à retirada das tropas israelenses da região.

Enquanto mediadores do Egito e do Catar tentam aproximar as partes, representantes de Israel e do Hamas seguem em Doha para buscar um entendimento. As autoridades israelenses, por sua vez, condicionam uma trégua de longo prazo à libertação de todos os reféns restantes. A intenção seria garantir a suspensão das hostilidades ao menos até o fim do Ramadã e da Páscoa judaica, permitindo que novas negociações ocorram posteriormente.

O cessar-fogo está sendo mediado por Catar, Egito e Estados Unidos.

Declaração de Israel sobre os ataques

O governo israelense divulgou uma nota justificando suas recentes ações militares contra o Hamas:

*"O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz instruíram as Forças Armadas de Israel a agir com força contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

A decisão foi tomada devido à falta de avanços nas negociações para a libertação de reféns, além de alertas sobre possíveis ataques de grupos terroristas contra soldados e comunidades israelenses.

Após a recusa do Hamas em libertar reféns e sua rejeição às propostas apresentadas pelo enviado do presidente dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e pelos mediadores, as Forças Armadas de Israel e o Shin Bet foram instruídos a atacar diversos alvos do Hamas em Gaza. O objetivo é cumprir as metas definidas pela liderança política, incluindo a libertação de todos os reféns, tanto os vivos quanto os mortos."*