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G7 ameaça Rússia com novas sanções caso não haja acordo de cessar-fogo com a Ucrânia.

O G7 emitiu uma forte advertência à Rússia, anunciando que novas sanções poderão ser impostas caso não haja um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. A medida visa pressionar o governo russo a interromper as hostilidades e buscar uma solução pacífica para o conflito, em um cenário global de crescente tensão e incerteza.

luciano rodrigues

3/14/20252 min read

Ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, Ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, Secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, Ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, Alta Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança Kaja Kallas

Os países do G7 advertiram a Rússia com a imposição de novas sanções caso o governo de Putin não consiga alcançar um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia.

Segundo informações da Reuters, um rascunho final da declaração foi aprovado nesta sexta-feira (14) por diplomatas seniores dos membros do grupo, mas ainda precisa da aprovação dos ministros.

Os membros do G7 solicitaram que a Rússia respondesse positivamente, aceitando um cessar-fogo com base na igualdade e implementando-o de maneira completa. Eles destacaram que qualquer cessar-fogo deve ser respeitado e reforçaram a importância de acordos de segurança sólidos e confiáveis, para garantir que a Ucrânia possa dissuadir e se proteger contra futuros atos de agressão, afirmaram os representantes.

O Kremlin declarou nesta sexta-feira (14) que há motivos para um "otimismo cauteloso" em relação à proposta dos EUA para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, embora reconheça que ainda há muito trabalho a ser feito. O G7, composto pelo Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, está realizando uma reunião dos ministros de Relações Exteriores em Charlevoix.

Além disso, nesta sexta-feira, os países da União Europeia aprovaram a renovação das sanções contra 2.400 indivíduos e entidades russas por mais seis meses, devido à guerra contra a Ucrânia, conforme informado por fontes diplomáticas à agência AFP.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, revelou aos jornalistas que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma mensagem ao presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a proposta de cessar-fogo através do enviado especial de Trump, Steve Witkoff.

Em sua primeira declaração sobre a proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias na guerra da Ucrânia, Putin afirmou, na quinta-feira (13), que não discordava da ideia, mas levantou várias questões e destacou a necessidade de acertar detalhes diretamente com os americanos, os autores da proposta. Witkoff também transmitirá mais informações sobre a posição de Putin, conforme Peskov.

De acordo com Peskov, Putin teve conversas com Witkoff até tarde da noite de quinta-feira em Moscou. Witkoff já deixou a Rússia, conforme informou a agência estatal russa Tass na manhã de sexta-feira.

Peskov também mencionou que Putin, em geral, estava "em solidariedade" com Trump em relação à Ucrânia, mas ressaltou que ainda havia muito trabalho pela frente. O porta-voz da presidência russa acrescentou que ambos os líderes reconhecem a necessidade de uma ligação telefônica, que pode ocorrer em breve.

Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou as declarações feitas por autoridades russas na quinta-feira como "manipuladoras e previsíveis", acusando Putin de adiar intencionalmente as negociações sobre o cessar-fogo.